AUTOECOLOGIA, DIVERSIDADE E ESTRUTURA GENÉTICA INTERNA DE Ocotea porosa (NEES & MART.) BARROSO: SUBSÍDIOS PARA A COLETA DE SEMENTES

Autores

  • Igor de Carvalho Aguiar Rodrigues Universidade Federal de Santa Catarina, Mestre em Recursos Genéticos Vegetais, Florianópolis, SC - Brasil
  • Giulia Fabrin Scussel Universidade Federal de Santa Catarina, Mestre em Recursos Genéticos Vegetais, Florianópolis, SC - Brasil
  • Alison Bernardi Universidade Federal de Santa Catarina, Doutor em Recursos Genéticos Vegetais, Florianópolis, SC - Brasil
  • Peggy Thalmayr Instituto de Biologia Subtropical, Misiones - Argentina
  • Juliana Machado Ferreira Universidade Federal de Santa Catarina, Programa de Pós-Graduação em Recursos Genéticos Vegetais, Florianópolis, SC - Brasil
  • Ana Kelly de Sousa Silva de Carvalho Universidade Federal de Santa Catarina, Programa de Pós-Graduação em Recursos Genéticos Vegetais, Florianópolis, SC - Brasil
  • Adelar Mantovani Universidade Federal de Santa Catarina, Departamento de Engenharia Florestal, Lages, SC - Brasil
  • Maurício Sedrez dos Reis Universidade Federal de Santa Catarina, Departamento de Agricultura Biodiversidade e Floresta, Curitibanos, SC - Brasil
  • Tiago Montagna Universidade Federal de Santa Catarina, Departamento de Fitotecnia, Florianópolis, SC - Brasil

Palavras-chave:

Floresta de Araucária, Restauração ecológica, Estrutura genética espacial

Resumo

A restauração ecológica é uma forma de mitigar os efeitos negativos da fragmentação e perda de habitat. Essa prática permite a conservação de espécies-chave, como Ocotea porosa, uma árvore nativa da Floresta com Araucária e extremamente ameaçada de extinção. Um ponto fundamental em projetos de restauração é a fonte de sementes bem como as diretrizes para a coleta. Quando realizada sob critérios técnicos, a coleta permite a manutenção da diversidade genética e potencial adaptativo nos plantios de restauração. Diante do exposto, o objetivo do presente estudo foi caracterizar aspectos da demografia, genética e fenologia reprodutiva de uma população de O. porosa, visando gerar informações para definição de áreas e critérios para a coleta de sementes. Foi instalada uma parcela de 16 hectares no munícipio de Passos Maia, Santa Catarina e realizado levantamento demográfico de árvores com Diâmetro à Altura do Peito (DAP) > 15 cm. Foram estimados índices de diversidade e de estrutura genética interna (EGI), utilizando-se marcadores isoenzimáticos. A fenologia reprodutiva de 67 indivíduos foi avaliada durante 8 meses. O fragmento estudado apresentou uma alta densidade de indivíduos (10,7 ind. ha-1), com uma distribuição diamétrica similar a normal. O padrão fenológico da espécie é sazonal regular e anual. A população avaliada apresentou uma alta diversidade genética, elevado índice de fixação, além de uma EGI significativa até 80 metros de distância. Conclui-se que o fragmento avaliado pode ser utilizado como área de coleta de sementes. O mesmo possui alta diversidade genética, densidade e tamanho de área suficiente para conter várias demes. Além disso, é altamente recomendado que as matrizes tenham no mínimo 80 metros de distância entre si, evitando os efeitos da EGI significativa.

Palavras-Chave: Floresta de Araucária; Restauração ecológica; Estrutura genética espacial

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Publicado

2023-12-04

Como Citar

Rodrigues, I. de C. A., Scussel, G. F., Bernardi, A., Thalmayr, P., Ferreira, J. M., de Carvalho, A. K. de S. S., Mantovani, A., dos Reis, M. S., & Montagna, T. (2023). AUTOECOLOGIA, DIVERSIDADE E ESTRUTURA GENÉTICA INTERNA DE Ocotea porosa (NEES & MART.) BARROSO: SUBSÍDIOS PARA A COLETA DE SEMENTES. Revista Árvore, 47, https://doi.org/10.1590/1806–908820230000030. Recuperado de https://revistaarvore.ufv.br/rarv/article/view/263572

Edição

Seção

Conservação da Natureza

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