DINÂMICA ESPAÇO-TEMPORAL DE ESPÉCIES ARBÓREAS ENDÊMICAS EM FLORESTA SECUNDÁRIA NO DOMÍNIO DA MATA ATLÂNTICA, NO BRASIL

Autores

  • Ana Laura da Silva Luz Universidade Federal de Viçosa, Programa de Pós-Graduação em Ciência Florestal, Viçosa, MG - Brasil
  • Maria das Graças Ferreira Reis Universidade Federal de Viçosa, Departamento de Engenharia Florestal, Viçosa, MG - Brasil
  • Geraldo Gonçalves dos Reis Universidade Federal de Viçosa, Departamento de Engenharia Florestal, Viçosa, MG - Brasil
  • Margarete Marin Lordelo Volpato Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais, Lavras, MG - Brasil
  • Jônio Pizzol Caliman Universidade Federal de Viçosa, Programa de Pós-Graduação em Ciência Florestal, Viçosa, MG - Brasil
  • Cátia Cardoso da Silva Universidade Federal de Viçosa, Programa de Pós-Graduação em Ciência Florestal, Viçosa, MG - Brasil
  • Rennan Salviano Terto Universidade Federal de Viçosa, Programa de Pós-Graduação em Ciência Florestal, Viçosa, MG - Brasil

Palavras-chave:

Vulnerabilidade de espécies arbóreas, Distribuição de espécies, Conservação de florestas

Resumo

A compreensão da dinâmica das espécies endêmicas do componente arbóreo, com base na regeneração natural (RN) e nas árvores adultas (AA) é fundamental para a formulação de estratégias de conservação dessas espécies. O objetivo do presente estudo foi identificar as espécies endêmicas em uma área preservada de floresta secundária, no domínio da Mata Atlântica, no Brasil, e avaliar sua dinâmica ao longo de 24 anos. Com base em inventários realizados de 1992 a 2016 da RN (diâmetro à altura do peito - dap ≤ 5cm) e das AA (dap ≥ 5 cm), em dez locais com diferentes características (fisiográficas, edáficas e sucessionais), foi possível identificar 58 espécies classificadas como endêmicas do Brasil e/ou àquelas exclusivas da Mata Atlântica brasileira, dentre as 226 espécies de todo o levantamento. Posteriormente, essa classificação foi reavaliada a partir de informações atualizadas de sua ocorrência, sendo que apenas 38 dessas espécies permaneceram como endêmicas do Brasil e/ou da Mata Atlântica. Algumas espécies foram registradas na AA e na RN, em diversos locais, em todo o período do estudo, enquanto outras ocorreram em apenas um nível (AA ou RN), inclusive com baixa abundância. Dentre essas espécies endêmicas, oito estão incluídas em listas de espécies ameaçadas de extinção e 15 podem ser classificadas como raras (apresentaram apenas um indivíduo). Considerando os dois estratos arbóreos, foi observado que algumas espécies permaneceram na floresta em todos os inventários, enquanto outras ingressaram ao longo do período do estudo, com poucos indivíduos, inclusive com elevada mortalidade, deixando de ocorrer na área. Esses resultados contribuem para o entendimento dos fatores que podem afetar a abundância local de espécies endêmicas ao longo do tempo, permitindo a definição de ações de conservação para proteger essas espécies vulneráveis, evitando assim, a sua extinção.

Palavras-Chave: Vulnerabilidade de espécies arbóreas; Distribuição de espécies; Conservação de florestas

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Publicado

2023-12-04

Como Citar

Luz, A. L. da S., Reis, M. das G. F., dos Reis, G. G., Volpato, M. M. L., Caliman, J. P., da Silva, C. C., & Terto , R. S. (2023). DINÂMICA ESPAÇO-TEMPORAL DE ESPÉCIES ARBÓREAS ENDÊMICAS EM FLORESTA SECUNDÁRIA NO DOMÍNIO DA MATA ATLÂNTICA, NO BRASIL. Revista Árvore, 47, https://doi.org/10.1590/1806–908820230000026. Recuperado de https://revistaarvore.ufv.br/rarv/article/view/263568

Edição

Seção

Manejo Florestal

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