IMPLEMENTAÇÃO DAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DO CORREDOR CENTRAL DA MATA ATLÂNTICA NO ESTADO DA BAHIA: DESAFIOS E LIMITES

Autores

  • Alexandre Schiavetti Professor Pleno Áreas Protegidas Depto Ciências Agrárias e Ambientais. Universidade Estadual de Santa Cruz, Departamento de Ciências Agrárias e Ambientais, Área de Recursos Naturais
  • Teresa Cristina Magro Universidade de São Paulo, Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Departamento de Ciências Florestais. LCF/ ESALQ/USP
  • Michele Silva Santos Tutora da Universidade Norte do Paraná, UNOPAR, Brasil

Resumo

No Brasil, as Unidades de Conservação (UCs) são consideradas o pilar central para o desenvolvimento de estratégias nacionais de conservação da biodiversidade. Dentro dessa perspectiva, foram estudadas trinta unidades de conservação pertencentes ao Corredor Central da Mata Atlântica no Estado da Bahia, com o objetivo de identificar e analisar seu atual nível de implementação. Foi utilizada, com as devidas adaptações, a metodologia de Lemos de Sá e Ferreira (2000), a qual consiste na aplicação de uma escala de padrão, onde a variação de análise do nível de implementação obedece a um intervalo entre 0 a 5 pontos. Após obter os dados do nível de implementação foi utilizado o método de agregação de Ward para auxiliar a visualização das unidades de conservação estudadas quanto à dissimilaridade entre elas. Utilizou-se a classificação internacional proposta pela IUCN (International Union for Conservation of Nature) para que as UCs sejam comparáveis com trabalhos realizados em outros países. As UCs avaliadas estão nos grupos Ia, II, V e VI da IUCN. Conforme os resultados, 50% das unidades de conservação analisadas encontram-se razoavelmente implementadas, 40% insuficientemente implementadas, 6,7% apresentam-se como “parques de papel” e apenas 3,3% podem ser classificadas como satisfatoriamente implementadas. Essas áreas enfrentam problemas em sua regularização fundiária; apresentam deficiência em infraestrutura, recursos humanos e financeiros. Diante dos resultados, fica evidente a recorrência do fato de que as unidades de conservação em estudo necessitam ser efetivamente implementadas. Para que isso ocorra, as políticas ambientais devem ser voltadas para ações com objetivos de consolidar essa estratégia de conservação.

Palavras-chave: Áreas protegidas, Efetividade de manejo e Mata Atlântica

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Publicado

2012-10-02

Como Citar

Schiavetti, A., Magro, T. C., & Santos, M. S. (2012). IMPLEMENTAÇÃO DAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DO CORREDOR CENTRAL DA MATA ATLÂNTICA NO ESTADO DA BAHIA: DESAFIOS E LIMITES. Revista Árvore, 36(04), https://doi.org/10.1590/S0100–67622012000400004. Recuperado de https://revistaarvore.ufv.br/rarv/article/view/88743

Edição

Seção

Conservação da Natureza