Contrastes na estrutura da paisagem e seus efeitos sobre a conservação em sub-regiões agrícolas da Bahia
DOI:
https://doi.org/10.53661/1806-9088202549263893Palavras-chave:
Agroecologia, Conservação da biodiversidade, Fragmentação FlorestalResumo
A fragmentação da paisagem, impulsionada por diferentes práticas agrícolas, representa um dos principais desafios à conservação da biodiversidade. Embora sub-regiões baianas sejam consideradas mais preservadas por causa do habitual uso da terra, avaliações estabelecendo comparações com outras consideradas menos preservadas são escassas. Este estudo teve como objetivo avaliar a estrutura da paisagem em duas comunidades baianas, Rio do Engenho (Ilhéus) e Riacho da Guia (Alagoinhas), submetidas, respectivamente, a sistemas agroflorestais (cabruca) e monoculturas (citrus e eucalipto). A metodologia baseou-se na análise de imagens do satélite CBERS-04A (2024), com resolução espacial de 8 m, processadas no software QGIS 3.34. O mapeamento do uso e cobertura da terra foi realizado por fotointerpretação manual e a classificação considerou até nove categorias temáticas. Para a avaliação da estrutura da paisagem foram utilizadas nove métricas ecológicas, calculadas com o plugin LecoS, abrangendo composição, forma, conectividade e diversidade. Os resultados indicaram que Rio do Engenho apresenta maior cobertura de vegetação nativa, elevada coesão e baixa densidade de borda, refletindo uma configuração mais favorável à conservação. Em contraste, Riacho da Guia exibiu alta fragmentação, predominância de uso agropecuário e valores reduzidos de conectividade entre fragmentos. Portanto, a análise revelou que a adoção de sistemas agroflorestais favorece a manutenção da biodiversidade e a resiliência ecossistêmica, ao passo que monoculturas intensificam a degradação ambiental.
Palavras-chave: Agroecologia; Conservação da biodiversidade; Fragmentação Florestal
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