TRAÇOS HIDRÁULICOS DE Jacaranda copaia (Aubl.) D. Don. (Bignoniaceae) NO SUDOESTE AMAZÔNICO

Autores

  • Renata Teixeira de Oliveira Universidade Federal do Acre, Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Manejo dos Recursos Naturais, Rio Branco, AC - Brasil
  • João Antônio Rodrigues Santos Universidade Federal de Santa Maria, Programa de Pós-Graduação em Engenharia Florestal, Santa Maria, RS - Brasil
  • Martin Acosta Oliveira Universidade Federal do Acre, Laboratório de Botânica e Ecologia Vegetal, Rio Branco, AC - Brasil
  • Julia Valentim Tavares Universidade de Uppsala, Departamento de Ecologia e Genética, Uppsala, Suécia
  • Patrícia Nakayama Miranda Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Acre, Rio Branco, Ac - Brasil
  • Marcos Silveira Universidade Federal do Acre, Laboratório de Botânica e Ecologia Vegetal, Rio Branco, AC - Brasil

Palavras-chave:

arquitetura hidráulica, cavitação, margem de segurança

Resumo

As árvores transportam água do subsolo para a atmosfera através do processo de evapotranspiração. As mudanças climáticas podem comprometer significativamente esse processo devido a mudanças no uso da terra decorrentes, por exemplo, do desmatamento. O objetivo deste estudo foi caracterizar os atributos hidráulicos e anatômicos de Jacaranda copaia (Aubl.) D. Don (Bignoniaceae) no sudoeste da Amazônia brasileira. Para tanto, foi descrita a curva de vulnerabilidade do xilema desta espécie. A frequência e o diâmetro dos vasos do xilema e a densidade dos estômatos também foram medidos. Finalmente, um atributo hidráulico de Jacaranda copaia foi comparado a outras espécies em nível global, tropical e amazônico. Os achados mostram que, na região estudada, a espécie Jacaranda copaia possui lenhos de porosidade difusa e vasos numerosos (vasos médios variando de 8 a 14 nº/mm2) com diâmetros pequenos (<50µm) a médios (entre 100 e 200 µm). A densidade estomática média variou de 289 a 309 estômatos/mm2. A resistência hidráulica do xilema à embolia (Ψ50) variou de -0.814 a -2.400 MPa, com margens de segurança hidráulica relativamente estreitas (MSH50 variando de -0.312 a 1.122; MSH88 variando de 0.204 a 1.709). Em geral, os valores médios de Ψ50 detectados foram semelhantes a uma grande porcentagem de espécies arbóreas em nível global, tropical e amazônico. Possivelmente, a espécie estudada apresenta uma estratégia hidráulica mais “arriscada” (ou seja, margens de segurança hidráulica relativamente estreitas), devido ao seu caráter dinâmico de crescimento rápido, típico de espécies pioneiras.

Palavras-Chave: Densidade estomática; Características hidráulicas; Jacaranda

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Publicado

2023-10-20

Como Citar

de Oliveira, R. T., Santos, J. A. R., Oliveira, M. A., Tavares, J. V., Miranda, P. N., & Silveira, M. (2023). TRAÇOS HIDRÁULICOS DE Jacaranda copaia (Aubl.) D. Don. (Bignoniaceae) NO SUDOESTE AMAZÔNICO. Revista Árvore, 47, https://doi.org/10.1590/1806–908820230000015. Recuperado de https://revistaarvore.ufv.br/rarv/article/view/263522

Edição

Seção

Manejo Florestal