Propriedades da madeira de três espécies sul-americanas plantadas em consórcio
DOI:
https://doi.org/10.53661/1806-9088202448263803Palavras-chave:
Manejo florestal, Propriedades físico-mecânicas, Madeira tropical brasileiraResumo
O uso de espécies madeireiras tropicais em reflorestamento pode ser uma alternativa para suprir demanda do setor industrial madeireiro, porém o uso ainda é muito limitado, e as florestas tropicais remanescentes ainda seguem sendo deliberadamente exploradas para extração seletiva de espécies nativas de alto valor comercial. Para testar o potencial das espécies tropicais em reflorestamento é necessário avaliar produção e a qualidade da madeira produzida. Sendo assim, este estudo visa avaliar a qualidade da madeira de Astronium urundeuva, Astronium fraxinifolium e Terminalia argentea aos 22 anos oriundas de um plantio heterogêneo, localizado no município de Selvíria-MS. De cada uma das espécies foram selecionadas 15 árvores. De cada árvore foi retirada um disco de 10 cm de espessura da base. Dos discos foram tomadas amostras nas proximidades da região casca para a avaliação das propriedades da madeira. Para isso foram avaliadas as características anatômicas e propriedades físicas e mecânicas das madeiras. De acordo com os resultados verificou-se que somente a resistência à compressão paralela não se diferenciam significativamente entre as espécies. Astronium urundeuva apresentou os maiores valores para densidade básica e densidade aparente e a Terminalia argentea para comprimento se fibra, espessura da parede da fibra e diâmetro de elemento de vaso. As melhores correlações de Pearson foram encontradas para a densidade básica e densidade aparente, tanto para o Astronium fraxinifolium quanto para Astronium urundeuva. As melhores equações de regressões obtidas foram para a relações entre densidade básica e densidade aparente para o Astronium fraxinifolium e Astronium urundeuva, sendo que o modelo linear foi o que melhor ajustou os dados dessas relações. O maior crescimento das árvores de Terminalia argentea ocasionou uma menor densidade da madeira devido a menor taxa de competição entre as árvores. Com base nos resultados e segundo as normas de resistência da madeira, as três espécies podem ser classificadas na classe de resistência D40. Os resultados obtidos podem subsidiar informações que permitam a comparação com espécies utilizadas comercialmente para fins estruturais e outros usos.
Palavras-chave: Manejo florestal; Propriedades físico-mecânicas, Madeira tropical brasileira
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