TRAÇOS HIDRÁULICOS DE Jacaranda copaia (Aubl.) D. Don. (Bignoniaceae) NO SUDOESTE AMAZÔNICO
Palavras-chave:
arquitetura hidráulica, cavitação, margem de segurançaResumo
As árvores transportam água do subsolo para a atmosfera através do processo de evapotranspiração. As mudanças climáticas podem comprometer significativamente esse processo devido a mudanças no uso da terra decorrentes, por exemplo, do desmatamento. O objetivo deste estudo foi caracterizar os atributos hidráulicos e anatômicos de Jacaranda copaia (Aubl.) D. Don (Bignoniaceae) no sudoeste da Amazônia brasileira. Para tanto, foi descrita a curva de vulnerabilidade do xilema desta espécie. A frequência e o diâmetro dos vasos do xilema e a densidade dos estômatos também foram medidos. Finalmente, um atributo hidráulico de Jacaranda copaia foi comparado a outras espécies em nível global, tropical e amazônico. Os achados mostram que, na região estudada, a espécie Jacaranda copaia possui lenhos de porosidade difusa e vasos numerosos (vasos médios variando de 8 a 14 nº/mm2) com diâmetros pequenos (<50µm) a médios (entre 100 e 200 µm). A densidade estomática média variou de 289 a 309 estômatos/mm2. A resistência hidráulica do xilema à embolia (Ψ50) variou de -0.814 a -2.400 MPa, com margens de segurança hidráulica relativamente estreitas (MSH50 variando de -0.312 a 1.122; MSH88 variando de 0.204 a 1.709). Em geral, os valores médios de Ψ50 detectados foram semelhantes a uma grande porcentagem de espécies arbóreas em nível global, tropical e amazônico. Possivelmente, a espécie estudada apresenta uma estratégia hidráulica mais “arriscada” (ou seja, margens de segurança hidráulica relativamente estreitas), devido ao seu caráter dinâmico de crescimento rápido, típico de espécies pioneiras.
Palavras-Chave: Densidade estomática; Características hidráulicas; Jacaranda
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