Estoque de carbono em uma área urbana arborizada há 50 anos
DOI:
https://doi.org/10.53661/1806-9088202549263919Palavras-chave:
Cenostigma pluviosum, Sequestro de carbono, Serviços ecossistêmicosResumo
As mudanças climáticas são uma preocupação crescente, impulsionadas pela acelerada emissão de CO2 resultante das atividades humanas. Estudos recentes têm indicado que as árvores urbanas contribuem para a mitigação dessas mudanças e, considerando que já estão em vigência as disposições legais direcionadas à implantação deste elemento paisagístico, objetivou-se avaliar o estoque de carbono e quais espécies mais contribuem para isso na área mais antiga do Campus Sede da Universidade Estadual de Maringá, norte do Paraná, cuja arborização foi implantada há 50 anos. A área de estudo possui 11,5 hectares e, após o levantamento florístico das árvores e palmeiras de grande porte, mensuração do diâmetro à altura do peito (1,30 m), da altura total e obtenção da densidade da madeira na literatura especializada, a biomassa local e os estoques de carbono foram estimados com o uso de três modelos alométricos disponíveis na literatura. Na área encontram-se 998 espécimes pertencentes a 27 famílias botânicas, 68 gêneros e 83 espécies, das quais 49.40 % são nativas da região norte do Paraná. O estoque de carbono alcançou uma média de 402.76 Mg C ou 35.25 Mg C ha-¹, valor considerado representativo em relação a outras áreas urbanas brasileiras. Fabaceae contribuiu com 65.72 % do estoque total de carbono, seguida de Bignoniaceae (10.23 %) e Arecaceae (9.85 %). As espécies que mais contribuíram com o estoque de carbono foram Cenostigma pluviosum, Tipuana tipu, Delonix regia e Dypsis lutescens (exóticas) e Handroanthus heptaphyllus, Cordia trichotoma e Holocalyx balansae (nativas), tanto pelo número de espécimes, quanto pelo DAP Apenas D. regia apresentou madeira de densidade do tipo dura e as demais possuem valores intermediários. Os resultados evidenciam a importância da arborização urbana como sumidouro de carbono, reforçando sua contribuição na oferta de serviços ecossistêmicos à sociedade.
Palavras-chave: Cenostigma pluviosum; Sequestro de carbono; Serviço ecossistêmico
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