Avaliação de longo prazo da perda de carbono induzida pelo fogo na Mata Atlântica do Sudeste
DOI:
https://doi.org/10.53661/1806-9088202448263806Palavras-chave:
Estoque de carbono, Ecossistema, InVEST, IncêndioResumo
Os incêndios ameaçam florestas tropicais como a Mata Atlântica no Brasil, comprometendo o serviço ecossistêmico de estoque de carbono. No entanto, há uma lacuna na literatura em relação a estes estudos nesses ecossistemas. Portanto, realizamos esta análise em diferentes classes de uso e cobertra da terra (LULC), considerando sazonalidade e correlações de variáveis topográficas, hidrológicas, antropogênicas e de incêndios, de 2000 a 2020. Foi utilizado o modelo de Carbono InVEST, aplicado à biomassa de carbono acima do solo pré e pós-incêndio, com base em trabalho de campo e regressão linear, ponderada pelos índices espectrais NBR pré e pós-incêndio. Os resultados, em 21 anos, revelaram uma perda total após incêndios de 55,7GgC (43%), e destes, 79% estão na Foresta Ombrófila Densa em estágio avançado. Em geral, o fogo impacta negativamente o estoque de carbono das florestas nativas, em média 38% (variando de 19,9% a 69,1%, dependendo da fitofisionomia e sazonalidade), de plantios de eucalipto em 87,1%, de campos de altitude em 79,5% e de pastagens em 90,4%. A frequência e severidade dos incêndios, assim como a distância de rios e estradas, estão significativamente correlacionadas com a perda de carbono. Uma pequena porção deste bioma mostrou um alto potencial de perda de carbono induzida pelo fogo, indicando um perigo para toda a conservação da Mata Atlântica e para os compromissos de acordos internacionais.
Palavras-chave: Estoque de carbono; Ecossistema; InVEST; incêndio
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