DISPERSÃO, DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL E ESTRATIFICAÇÃO VERTICAL DA COMUNIDADE ARBÓREA EM UM FRAGMENTO FLORESTAL NO PLANALTO CATARINENSE

Autores

  • Marcelo Negrini Engenheiros florestais - Universidade do Estado de Santa Catarina, UDESC, Brasil
  • Manoela Drews de Aguiar Engenheiros florestais - Universidade do Estado de Santa Catarina, UDESC, Brasil
  • Cenir Teodoro Vieira Ministério Público do Estado do Mato Grosso do Sul, Corpo Técnico
  • Ana Carolina da Silva Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), Centro de Ciências Agroveterinárias, Departamento de Engenharia Florestal
  • Pedro Higuchi Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), Centro de Ciências Agroveterinárias, Departamento de Engenharia Florestal.

Resumo

Este estudo teve como objetivo identificar as estratégias de dispersão de propágulos, a distribuição espacial e a estratificação vertical de espécies arbóreas em um fragmento de Floresta Ombrófila Mista em Lages, SC. Para amostragem da vegetação arbórea, foram alocadas 25 parcelas de 400 m² (20 m x 20 m) e todos os indivíduos arbóreos dentro das parcelas com diâmetro a altura do peito (DAP, medido a 1,30 m do solo) maior ou igual a 5 cm foram identificados e tiveram sua altura estimada. Para complementar a lista florística, foram feitos caminhamentos aleatórios no fragmento objetivando identificar espécies arbóreas não amostradas nas parcelas. As espécies foram classificadas segundo: i) a sua síndrome de dispersão em zoocórica, anemocórica ou autocórica; ii) o padrão de distribuição espacial dos indivíduos, considerando-se a distribuição aleatória, agregada e uniforme; iii) a posição no estrato vertical da floresta, como sendo dos estratos superior, intermediário ou inferior. Do total de 87 espécies amostradas, 80,5% foram classificadas como zoocóricas, 16,1% como anemocóricas e 3,4% como autocóricas. Verificou-se a predominância de espécies com distribuição espacial aleatória e pertencente ao estrato superior, com altura superior ou igual a 12,45 m. Os resultados indicam a importância da fauna silvestre para a manutenção do funcionamento ecológico do fragmento estudado, uma vez que a maior parte das espécies são zoocóricas. O conhecimento desses atributos das populações arbóreas pode subsidiar estratégias de conservação e manejo de fragmentos florestais na região, uma vez que permite conhecer melhor a ecologia das espécies.

Palavras-chave: Floresta Ombrófila Mista, altura de árvores e síndromes de dispersão.

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Publicado

2012-12-11

Como Citar

Negrini, M., de Aguiar, M. D., Vieira, C. T., da Silva, A. C., & Higuchi, P. (2012). DISPERSÃO, DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL E ESTRATIFICAÇÃO VERTICAL DA COMUNIDADE ARBÓREA EM UM FRAGMENTO FLORESTAL NO PLANALTO CATARINENSE. Revista Árvore, 36(05), https://doi.org/10.1590/S0100–67622012000500014. Recuperado de https://revistaarvore.ufv.br/rarv/article/view/101926

Edição

Seção

Conservação da Natureza